
Depois de uma excelente primeira-mão forasteira, onde a vitória ditava a justeza, até pelo domínio conseguido no meio-campo, o desafio do Dragão revelou-se totalmente o oposto. O 4x2x4 inglês, com Rooney na direita, Giggs na meia esquerda, Ronaldo colocado nos centrais e Berbatov entre a segunda e terceira linha confundiu por completo o miolo. Fernando andou 45 minutos atarantado, à procura de quem marcar, ficando a situação agravada pela lesão de Lucho e pela falta de um treinador no banco (castigo irrisório no tempo, a 24 horas do encontro e já depois da conferência de imprensa de antevisão efectuada; mais uma machadada dada nos azuis e brancos pelo órgão disciplinar da UEFA…).
A perder ao intervalo – golaço do número 7 português -, Jesualdo deve ter falado com quem de direito, por vias alternativas, e Rodríguez foi recurso para o meio, dando agressividade ofensiva e aclamando ao bom momento do extremo Mariano. O pior aconteceu com a retirada do 10 portista para a entrada de Farias - seria preferível trocar o desinspirado Hulk, dando a esquerda a Lisandro -, até porque o coração ganhava espaço à razão na forma de jogar.
Verificada a superioridade táctica e técnica do Manchester United, o resultado (0-1) acaba por ser justo, decidido pelos tais pormenores do futebol, ficando o amargo de boca pelo FC Porto não ter ido mais longe, perante o público que enchia o estádio em noite de Inverno, e, repito, após a brilhante exibição em Old Trafford.
Ficam os parabéns ao FC Porto; para o ano há mais…