O empate do FC Porto ante o Liverpool colocou a nu algumas das debilidades dos dragões de Jesualdo Ferreira. Com um onze suportado num 4x3x3, o ataque está ao sabor dos momentos de inspiração de um extremo (Ricardo Quaresma) e de um defesa-direito (Bosingwa). A jogar contra dez unidades, foi visível que ao conjunto da Invicta faltava o tal homem de meio-campo que fizesse a eficaz ligação entre a segunda e a terceira linha – Raul Meireles e Lucho são jogadores box-to-box, mas sem este ímpeto de criatividade; Mariano parece mais um ala. Assim, logo o FC Porto passou a actuar num 4x2x4, faltando por isso a tal unidade de magia, função que no Benfica está entregue a Rui Costa e no Sporting a Romagnoli. Pena que Jesualdo Ferreira não veja esta clarividência e que tenha deixado fora da convocatória o único homem do plantel capaz de fazer isto - Leandro Lima (Jorginho foi cedido!). Lembre-se que para uma última substituição o FC Porto só tinha no banco jogadores defensivos: Cech, Stepanov, Bolatti e Kaz. Jesualdo Ferreira necessita de abrir horizontes, se quer triunfar em Portugal e na Europa, proporcionando jogadas de ataque de encher o olho e não um futebol aos repelões, sem nexo. O jogo terminou com assobios... merecidos para o treinador.
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