11 de maio de 2009

Tetra vs Treta

Está feito. Com maior ou menor oposição, o desfecho é o esperado: o FC Porto volta a sagrar-se campeão nacional. O 17.º título da era Pinto da Costa é ainda coroado com o primeiro tri seguido de um treinador português, neste caso Jesualdo Ferreira.
Habituados a tantos festejos, a tradição da folia nas ruas do Porto já não é o que era, a não ser que se trate de uma conquista europeia. Apesar de tudo, ainda há quem resista aos inúmeros feitos e diga presente na hora da chamada.
Sem querer entrar em grandes pormenores acerca da temporada, dos jogos nem tão pouco deste último ante o Nacional, até porque o fim do filme é sempre o mesmo - os artistas sobrevivem e são os verdadeiros heróis -, de uma coisa não tenho duvidas: os campeonatos não se celebram no Inverno, à saída de jactos particulares nem tão pouco diariamente nas primeiras páginas dos jornais.
Enquanto uns preferem trabalhar e lutar por objectivos, outros há que dão privilégio à imagem, às passarelas da fama e ao infotainement. Enquanto uns levantam taças, outros há que preferem apresentar jogadores à porta de hotéis, sob a batuta de que “para o ano é que vai ser”. Uns celebram o tetra, outros a treta... Quando assim é, há alguém que duvide que o penta para os dragões é uma questão de meses? Alguém estranha que a euforia das vitórias no Porto seja diferente da dos anos 80 e 90?
Como nota de rodapé, aqui fica o registo de que, com mais este feito, os azuis e brancos estão apenas a sete títulos do Benfica (24 para 31) e que ultrapassam mesmo os encarnados na soma de campeonatos em todos os escalões, desde os infantis aos seniores (75 para 74).
Parabéns à organização do FC Porto, com a chancela Pinto da Costa – o dirigente desportivo com maior sucesso no mundo e, por que não dizê-lo, o melhor de todos os tempos em Portugal.

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