30 de março de 2009

Nulidade táctica

O apuramento de Portugal para o Mundial 2010 está cada vez mais complicado. Terceiro empate a zero seguido, desta vez em casa com a Suécia. O fraco aproveitamento ofensivo é, sem dúvida, a principal dor de cabeça nacional. Todavia, há outros factores operativos da máquina das quinas com os quais pouco ou nada me identifico. É que isto de ter de ganhar e acabar o desafio com quatro centrais (!) em campo tem muito que se lhe diga.
Debruçando-me apenas nos jogadores seleccionados e constatando que Portugal alinhou no habitual 4x3x3, com Pepe a trinco e sem ponta-de-lança, logo percebemos o conservadorismo de Carlos Queiroz. Se somarmos a isto a lesão de Bosingwa e a entrada de Rolando… a precisar dos três pontos…
Assim sendo, atendendo aos atletas que temos, seria muito mais interessante ver uma defesa a três (Pepe, Carvalho e Alves a segurar o duo sueco), com quatro médios (dois deles abertos – Bosingwa e Duda a fazer toda a ala – e dois box-to-box) e um trio ofensivo irrequieto, sempre em constante mutação. Ou seja: um homem a mais no sector recuado, uma intermediária sólida com dois velozes falsos laterais e técnica quanto baste no ataque. Aliás, penso mesmo que o 3x4x3 ou o 3x5x2 seriam as melhores tácticas para o perfil da actual selecção.
Sou suspeito por trazer à relação este fundamento, até porque é desta forma táctica que mais me identifico com o futebol. Contudo, e repito, vendo o momento e os atletas escalonados, seria esta a forma mais eficaz de atacar o prejuízo.
Quanto ao apuramento, veremos…

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