Era inevitável. Com problemas familiares bastante graves, com uma vida profissional pouco produtiva e com um corpo directivo, no mínimo, frágil, Camacho não tinha outro caminho que não regressar a Espanha. Mais do que dizer Adiós ao homem que em Portugal venceu o único troféu na carreira de treinador, importa fazer um balanço da falhada época delineada por Luís Filipe Vieira. Desde logo à primeira jornada, quando despediu Fernando Santos; desde logo quando mal soube gerir os casos Simão e Miccoli; desde logo quando se contrataram jogadores (promissores, sem dúvida) à última da hora e com a temporada competitiva em andamento; desde logo quando ficou sem director desportivo; desde logo quando se embrulhou no namoro antecipado a Rui Costa; desde logo quando o campeonato passou a ser uma miragem; desde logo quando as provas europeias foram um fracasso; desde logo quando disse que este Benfica era o melhor de há dez anos! Salva-se, para já, a presença nas meias-finais da Taça de Portugal...Perante esta desastrosa gestão desportiva num dos principais emblemas do futebol português (o equilíbrio das finanças não justifica tudo), há perguntas que ficam no ar: Quem deveria pedir realmente a demissão? Onde estão as explicações do presidente para tamanho insucesso desportivo? Voltará a servir o Apito Dourado de refúgio? Ou então o aniversário do Eusébio? Ou então as novas funções de Rui Costa? Ou então um novo kit que transforma o clube da Luz no maior do Mundo? E títulos, onde estão?
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