Tudo em aberto

O regresso a Gelsenkirchen foi tudo menos feliz. Perante uma equipa habituada a outro tipo de competitividade no campeonato interno, o FC Porto entrou mal na partida e o golo consentido foi o espelho da má colocação e da inoperância entre o meio-campo e a defesa azul e branca – Helton também não ficou bem na fotografia ao defender a bola para a frente, coisa que não aconteceu minutos depois, em mais uma veleidade dada pelo flanco esquerdo. João Paulo foi chamado para fazer esquecer Bosingwa, mas as deambulações dos dois avançados do Schalke 04 fizeram com que o ex-leiriense trocasse de lugar com Fucile, após 25 minutos de futebol totalmente perdidos. Com isto a formação portuguesa passou a acertar as marcações, os médios começaram a assentar jogo, mas faltava a tal mobilidade e dinâmica na ala direita que o atleta pretendido pelo Manchester United consegue dar.

Depois de equilibrar a contenda, a segunda parte pertenceu por inteiro ao grupo portista. O empate esteve perto, as transições ofensivas e defensivas melhoraram, pese embora as trocas de posições no ataque não se processassem da mesma forma. Apesar do resultado negativo (1-0), o conjunto de Jesualdo Ferreira deixou tudo em aberto para a segunda-mão dos oitavos-de-final, provou que tem todas as condições para ultrapassar os germânicos no Dragão e seguir em frente na Champions.

PS: Uma última nota para o melhor jogador em campo: Paulo Assunção. O médio brasileiro não se remeteu às tarefas defensivas, pois desta feita contava a fixação de João Paulo no sector mais recuado; ganhou terreno sempre que tinha a bola nos pés e tentou ser mais uma peça na hora de procurar o golo.