11 de janeiro de 2008

Inversão de papéis

Quando as novidades são poucas, há que construir notícias. Quando as massas se diluem, há que tentar unir as mentalidades da tribo. Quando algo vai mal, há que enfraquecer as forças de bloqueio. Quando existe mercado, é assim que se entretém. Vem isto a propósito do perfil de Rui Costa para presidente do Benfica, anseio aclamado e futuro desenhado pelo actual detentor do cargo, Luís Filipe Vieira.

Apesar de o maestro ter tentado sempre fugir a esta questão, refugiando-se (e bem) na ideia de que as reais funções no clube da Luz ainda são as de jogador, o certo é que as últimas incidências vieram provar precisamente o contrário. Então vejamos.

Luisão e Katsouranis desentendem-se no Bonfim, uma cena originalmente feia para uma instituição que se diz prezar os valores humanos. Onde estava Rui Costa? Em campo! Com que responsabilidades? As de um experiente atleta, de um líder, de um capitão! Que atitude apaziguadora e de grupo tomou? Nenhuma (pelo menos até ao regresso ao balneário)! Mais: José Veiga não pára nas incursões e ataques aos responsáveis encarnados. Quem vem a terreiro defender o clube e dizer que “não se deve cuspir no prato onde se comeu”? Rui Costa. Que papel assume? A de um director desportivo! A de um presidente!...

Algo não bate certo na atribuição de papéis no reino das águias e só não vê quem é cego ou não quer ver.

1 comentário:

Anónimo disse...

Só uma clarificação.
O capitão de equipa nesse jogo (pelo menos era o jogador que tinha a braçadeira) foi o Petit e não o Rui Costa. Se calhar o problema está aqui... Naquele clube há jogadores que amuam se não tiverem a braçadeira!!! A história repete-se?

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