8 de novembro de 2007

Combater a normalidade

É normal as equipas portuguesas não se darem bem com as congéneres italianas. É normal as equipas portuguesas atacarem, atacarem e quem acaba sempre por marcar são os conjuntos italianos. É normal a inocência lusa e o oportunismo defensivo transalpino. Esta normalidade podia ter degenerado esta quarta-feira. O Sporting entrou no jogo com a AS Roma a perder, deu a volta ao resultado e no cair do pano a sorte acabou por matar, novamente, os artistas.

O empate (2-2) de Alvalade tem o sabor amargo da derrota, ainda por cima da forma como aconteceu. Mas há que dar os parabéns aos homens de Paulo Bento, que tudo fizeram para contrariar a tendência de actuar perante clubes desta nacionalidade, e que só por um infortúnio de Polga tal não aconteceu.

Mais: com o bis conseguido - podia ser hat-trik, se não lhe fosse anulado um tento -, deve-se continuar a tirar o chapéu ao melhor avançado a actuar em Portugal. O oportunismo, a colocação, a ratice e a finalização fazem de Liedson um atleta bem acima da média… mesmo que a altura (1,75 metros) não jogue a favor.

Com o acesso à Taça UEFA praticamente garantido, resta ao Sporting continuar a sonhar com a passagem aos oitavos-de-final da Champions. Pontuar com o Manchester United, vencer o Dínamo Kiev e aguardar duas escorregadelas da AS Roma são os cenários agora desejados pelos leões.

PS: porque estes jogos não servem apenas para ganhar pontos, mas também experiência internacional, impõe-se que o Sporting tenha aprendido a lição e que para a próxima consiga conservar a bola nos derradeiros minutos da partida, quando se encontra em vantagem no marcador.

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