Grande artista! Quando todos pediam eleições antecipadas, para melhor e atempadamente preparar a nova época, disse “nem pensar”. Acusava tudo e todos de “oportunistas”; de quererem “usar o Benfica para auto-promoção”. Vai daí e despede treinador e tem tudo tratado com outro. Logo de seguida, a par de toda e direcção, demite-se; agora sim, marca a ida às urnas. Isto é que é saber gerir um clube! Isto é que é defender os interesses da agremiação. Quem vier a seguir que fique com a batata quente. Mas também se for reconduzido, tudo se resolve, até porque só o Apito Dourado, pensa ele, não o deixa ganhar! Vieira, o grande artista! O homem que vê em Veiga o ex-amigo e que não pretende reconhecer em Setembro… Assim vai o clube da águia… cada vez mais depenado de pessoas altruístas, de bem, com personalidade, que trabalhem em nome do colectivo -leia-se Benfica.
Mais uma… Com pouca história… Um jogo para adormecer… Primeira parte com o corpo a servir para fritar umas febras e para ser refrescado com uma cervejinha… Segundo tempo nublado, propício para fumar uns cigarritos… Uma viagem a Oeiras que vale mesmo pelos dois dias passados entre amigos. Excelente hotel, não menores vistas, a dois passos do miserável e terceiro-mundista estádio municipal local, óptimo jantar, passagem pelo Hard Rock, subida ao Bairro Alto… e amanhecer a apreciar a foz do Tejo. Quanto ao jogo, pouco me lembro dele, até porque Lisandro encarregou-se de selar a 14.ª Taça de Portugal para o FC Porto, logo aos seis minutos, a pedido de Raul Meireles e para desespero do Paços de Ferreira.